Infertilidade: como vencê-la ou vivê-la?
Se você enfrenta o problema da infertilidade, queremos dar-lhe o apoio que esta situação requer.
Temos aqui vários recursos e informações sobre esta temática.
Primeiro, apresentamos a seguir um apoio espiritual, com as aulas do projeto À Sombra da Cruz. Um belíssimo conteúdo fundamentado na fé cristã, para a vivência desse período. Estas aulas serão fundamentais para quem enfrenta este drama da infertilidade e precisa de fé, apoio espiritual e acolhimento humano.
O segundo conteúdo se refere a reflexões e informações importantes sobre a NaProTecnologia – abordagem médica inovadora e consolidada no mundo, que traz maior capacidade de diagnóstico ginecológico e urológico, para encontrar saídas médicas eticamente corretas para você buscar a cura da causa da infertilidade. Como veremos, a naprotecnologia, já tem diversos médicos no Brasil e ela traz uma eficácia superior às abordagens de Fertilização In Vitro (FIV) e Inseminação Artificial, que traz problemas éticos.
O terceiro conteúdo se refere a reflexões e informações científicas e éticas sobre a fertilização artificial (Inseminação artificial e fertilização in vitro (FIV).
E um quarto conteúdo aqui é a indicação do site católicos adoção, um projeto voltado a casais católicos que estão discernindo a adoção e também a filhos que foram adotados. Clique aqui e conheça o site do projeto e o instagram.
À sombra da Cruz
LEITURAS FUNDAMENTAIS PARA VIVER E VENCER A INFERTILIDADE
“Em primeiro lugar, eu lhes direi que não devem dar-se por vencidos com demasiada facilidade. É preciso pedir a Deus que lhes conceda descendência, que os abençoe — se for essa a sua vontade — como abençoou os patriarcas do Antigo Testamento. Depois, é conveniente que recorram a um bom médico, elas e eles. Se apesar de tudo, o Senhor não lhes der filhos, não devem ver nisso nenhuma frustração; devem ficar satisfeitos — descobrindo nesse fato precisamente a Vontade de Deus em relação a eles. Muitas vezes o Senhor não dá filhos porque pede MAIS. Pede que se tenha o mesmo esforço e a mesma entrega delicada ajudando o próximo, sem o júbilo bem humano de ter filhos. Não há, pois, motivo para se sentirem fracassados nem para darem lugar à tristeza.
Se os esposos têm vida interior, compreenderão que Deus os insta, impelindo-os a fazer de sua vida um generoso serviço cristão, um apostolado diferente do que realizariam com seus filhos, mas igualmente maravilhoso.
Se olham à sua volta, descobrirão imediatamente pessoas que necessitam de ajuda, de caridade e de carinho. Há, além disso, ocupações apostólicas em que podem trabalhar. E, se souberem pôr o coração nessa tarefa, se souberem dar-se generosamente aos outros, esquecendo-se de si próprios, terão uma fecundidade esplêndida, uma paternidade espiritual que encherá a sua alma de verdadeira paz.
As soluções concretas podem ser diferentes em cada caso; mas, no fundo, todos se reduzem a ocupar-se dos outros com afãs de servir, com amor. Deus recompensa sempre aqueles que têm a generosa humildade de não pensarem em si mesmos, dando às suas almas uma profunda alegria.”
- Maior risco de malformações congênitas graves (Verlaenen et al 1995; Hansen et al 2005 e Hvidtjørn e Olsen,2009). Uma metanálises de 19 estudos estimou um aumento de 29% em malformações de bebês gerados in vitro (Rimm et al 2004). Estudos posteriores confirmaram os resultados (Zhu et al 2006 e Delbaere et al 2007).
- Dentre os tipos de malformações estão lábio leporino, malformação cardíaca, malformações retais e de esôfago (Reefhuis et al 2008). O risco estimado para problemas gastrointestinais foi de 9.85; para cardiovasculares foi de 2.30 e para defeitos do músculo esquelético, 1.54 (El-Chaar et al 2008).
- Aumento de sequelas neurológicas como retardo mental (Verlaenen et al 1995; Hansen et al 2005 e Hvidtjørn e Olsen,2009)
- Aumento no risco de Síndrome de Potter (Klemetti R et al., 2005)
- Graves defeitos de visão e risco elevado de nascimento prematuro com as sequelas características da prematuridade (Verlaenen et al 1995; Hansen et al 2005 e Hvidtjørn e Olsen,2009)
- Aumento de 3 a 4 vezes no risco de anomalias cromossômicas (Marjoribanks et al 2005)
- Aumento da quantidade de gestações múltiplas de alto risco, onde muitos casais, já tendo banalizado o direito à vida, optam por aborto para seleção fetal. Tratam-se de abortos feitos entre 9 e 12 semanas de gestação, para reduzir o número de bebês em gestação, visando reduzir riscos para saúde inerentes a uma gestação múltipla (trigêmeos ou quadrigêmeos).
- As gestações múltiplas têm maiores riscos de anomalias congênitas e anormalidades hormonais (Alukal e Lipshultz, 2008)
- Estudos sugerem fortemente um aumento no risco da Síndrome Beckwith-Wiedeman, que afeta 1 a cada 12 mil nascidos na média da sociedade, mas foi encontrado 3 casos em um grupo de 65 bebês concebidos por fertilização artificial (DeBaun, Niemitz e Fienberg 2003); e em outro estudo, 6 casos em 149 bebês concebidos por FIV (Gicquel et al 2003). Essa síndrome se caracteriza por nascimento prematuro, língua anormalmente larga, hérnia umbilical, hipoglicemia neonatal e predisposição à tumores. Além disso, os bebês concebidos por FIV e com essa síndrome apresentavam mais defeitos do que os bebês com a mesma síndrome e concebidos naturalmente.
- Aumento no risco de câncer foi verificado em apenas um artigo científico – contudo, esse artigo até o momento, pelo que se sabe, não teve nenhuma refutação em estudos posteriores. Trata-se da pesquisa de Moll, Imhof e Cruysberg (2003), que aponta um aumento no risco de tumor infantil retinoblastoma.
- Boa parte desses riscos também são somados ao fato de que a média de idade das mulheres que concebe de forma artificial é maior que a média de idade de mulheres que concebem de forma natural, e a idade avançada da mulher é fator de risco para muitas dessas situações, portanto, aumentando ainda mais os riscos.
Entendendo os porquês de alguns desses riscos aumentados:
- A super-estimulação ovariana nas mulheres para aumento na produção de óvulos resulta, não raro, na produção de óvulos imaturos
- Boa parte dos casos de infertilidade se devem a alterações genéticas especialmente no cromossomo Y, que passa para os filhos homens.
- Como a fusão entre os espermatozoides ocorre por injeção intracitoplasmática, não ocorre a seleção natural do processo de concepção em que vence a corrida para fecundar, o espermatozoide mais apto, com isso, diversos embriões são fecundados com espermatozoides pouco aptos para geração de embriões saudáveis. Depois da fertilização, os cientistas tentam selecionar os embriões menos aptos e eliminá-los, para contornar esse problema. Esse descarte atenta contra vida de seres humanos concebidos e também não é perfeito, resultando em tentativas de aproveitamento de embriões pouco aptos, que após o nascimento, podem apresentar os problemas de saúde citados anteriormente.
- A falta de comunicação do embrião e o corpo da mãe, nos primeiros dias de vida, de forma natural, dificulta enormemente a nidação correta, aumentando a taxa de perdas de embriões na nidação (implantação).
- A falta de comunicação do embrião com o corpo materno entre a fase da concepção até a nidação (implantação) também resulta em uma resposta ineficiente do corpo da mãe que precisa baixar suas defesas imunológicas para que o embrião não seja visto como um agressor ao seu corpo. Isso resulta em maiores riscos para a mãe e o bebê. Alguns riscos de saúde para a mulher que não tem a correta inibição imunológica na gestação sequer foram citados nos itens anteriores.
- Muitos outros detalhes explicam os riscos aumentados nos bebês concebidos por FIV.
Para a saúde da mulher, ainda é importante destacar que, como todo processo depende da super estimulação ovariana. Aproximadamente 1% das mulheres pode sofrer de uma síndrome de hiperovulação que consiste em uma excessiva resposta gonadotrófica. A forma severa da síndrome se caracteriza por um massivo crescimento do ovário, insuficiência renal, desconforto respiratório e fenômenos tromboembólicos (Delbaere et al 2006).
Tão inacreditável quanto o silêncio sobre os problemas éticos e riscos relacionados a FIV é o silêncio sobre uma solução muito mais eficaz e sem problemas éticos: a NaProTecnologia. O tema é abordado de forma introdutória nesse artigo no site Aleteia, com foco para quem deseja conhecer mais e busca contornar problema de aparente infertilidade no casamento.
Este artigo tratou de resumir os principais elementos destacados no artigo dos doutores Pedro José Sanchez Abad, professor de bioética do Master de Bioética da Universidade de Múrcia e da Dra. Natalia López Moratalla, do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular da Faculdade de Medicina de Navarra, publicado na revista Cuadernos de Bioética, em 2000.
Referência bibliográfica principal:
Referências citadas, apud Sánchez e Lopez 2009:
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DeBaun, M.R., Niemitz, E.L., Feinberg, A.P. (2003) ”Association of In Vitro Fertilization with Beckwith-Wiedemann Syndrome and Epigenetic Alterations of LIT1 and H19”. Am. J. Hum. Genet. 72, 156–160.
Delbaere, A., Smits, G., Vassart, G., Costagliola, S. (2006) “Genetic predictors of ovarian hyperstimulation syndrome in women undergoing in vitro fertilization”. Nature Clinical Practice Endocrinology & Metabolism, 2, 590-591.
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Se você teve um filho concebido por fertilização in vitro, esta criança é dom de Deus, amada igualmente. A dignidade da vida humana é sempre a mesma. E Deus ama cada ser humano de maneira igual.
Algumas pessoas acabam fazendo esta confusão ou sentindo-se vítima, por não compreenderem toda a questão ética sobre este assunto.
O problema ético consiste na forma da concepção, apenas, portanto, recai sobre a decisão moral dos pais.
Os pais, uma vez que entendam esta questão, devem buscar o arrependimento e estes terão o amoroso e sempre misericordioso perdão de Deus ao recorrerem com coração contritos ao Sacramento da Confissão com um Padre.
E a criança jamais deve ser vista de forma diferente de outra criança concebida naturalmente. Cada criança é um presente de Deus.
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Perguntas frequentes sobre bioética do início da vida
1. Quando começa a vida humana segundo a ciência?
A vida humana se inicia na concepção, momento em que o espermatozoide fecunda o óvulo, formando o zigoto, uma nova célula com um DNA único e distinto da mãe e do pai. A partir daí, este ser humano, chamado de embrião, inicia seu desenvolvimento, passando por diferentes fases (zigoto, mórula, blastocisto, feto) até o nascimento.
3. A Fertilização in Vitro (FIV) é eticamente problemática?
Sim, a FIV apresenta diversos problemas éticos, principalmente pelo descarte e congelamento de embriões. Durante o processo, são fertilizados mais embriões do que os que serão implantados, e aqueles considerados “menos aptos” são descartados, numa prática eugenista. Os embriões congelados também representam um dilema ético, pois são vidas humanas em estado de suspensão.
4. Quais as alternativas éticas à FIV para casais inférteis?
Existem diversas alternativas à FIV que respeitam a dignidade da vida humana e podem ajudar casais inférteis a realizar o sonho de ter filhos. Algumas delas são:
- NaProTecnologia (NaProTechnology): técnica médica que busca identificar e tratar as causas da infertilidade feminina, trabalhando em cooperação com o ciclo natural da mulher.
- Adoção: ato de amor que oferece um lar a uma criança que precisa e permite ao casal vivenciar a paternidade e maternidade de forma plena.