Onde o casal deve fazer a catequese matrimonial? Na paróquia onde se casarão? Onde frequentam? Em qualquer paróquia?
Para responder a esta pergunta, devemos entender o sentido da catequese matrimonial.
Ela não é um curso como uma graduação, que eu posso buscar onde quer que esteja e, com o diploma em mãos, voltar para minha região.
Por várias respostas no livro “Perguntas e respostas sobre a catequese matrimonial“, temos a certeza de que, além do conteúdo necessário para o discernimento do casal, a catequese é um processo de acompanhamento do casal e que inclui também seu envolvimento na vida paroquial, seja nas missas, momentos de oração, retiros e outros eventos.
O esperado é que casais e seus catequistas se encontrem no cotidiano da vida paroquial. E, após o casamento, o acompanhamento continua a partir do vínculo gerado. Os catequistas devem manter contato com seus casais e até oferecer formas de acompanhamento, como novos encontros de partilha e formação. Isto também faz parte da missão do catequista matrimonial.
Por outro lado, casais se sentirão seguros por terem seus catequistas por perto como uma referência e suporte.
Com este ponto de vista, posso responder à pergunta: o adequado é que os encontros sejam realizados na paróquia em que o casal vive sua vida de fé.
Uma exceção, contudo, poderia existir no caso de um casal que já sabe que, após o casamento, viverá em outra paróquia.
Se for possível, a depender das distâncias envolvidas, podem buscar a catequese matrimonial na paróquia que frequentarão após o casamento, onde terão vida comunitária. Assim, já estarão inseridos na vida paroquial e terão um casal como referência e apoio, bem como terão conhecimento para continuarem participando de pastorais e movimentos.
O que deve ser evitada é a conduta de buscar a cateque se em uma paróquia com a qual não mantêm qualquer vínculo, como numa paróquia onde apenas se casarão sem serem paroquianos e sem planos de frequentá-la.
Na exortação Amoris Laetitia, o Papa Francisco fala no acompanhamento de quem busca o casamento por parte da comunidade paroquial (Amoris Laetitia, 209). No documento Itinerários Catecumenais para a Vida Matrimonial (ICVM), um dos verbos mais presentes é acompanhar. E para bem acompanhar, é necessário ter contato frequente, o que se dá através da vida paroquial.
