Planejamento familiar ou Paternidade Responsável?

planejamento familiar ou paternidade responsável

Troquemos o termo “Planejamento familiar” pelo termo Paternidade Responsável.

Outro termo que poderia ser usado é “propagação da prole retamente ordenada”, que é a tradução do subtítulo da Humanae Vitae, versão em latim.

A origem do termo Planejamento Familiar

A verdade é que “o termo planejamento familiar não tem origem na doutrina católica”.

A expressão “planejamento familiar” começou a ser utilizada e promovida pelo Population Council (“Conselho Populacional”) na década de 1950. A entidade teve um papel fundamental na promoção da anticoncepção e do aborto em todo o mundo.

Em bioética e biopolítica, todos nós estudamos como essa entidade é contrária aos ensinamentos da Igreja. É explícito nos planos e ações do Conselho, um controle populacional por meio de ataques contra a vida humana e contra a família.

Eles sempre utilizaram de terminologias perspicazes que pudessem disseminar suas ideias de forma sutil na cultura, para que a sociedade aceitasse sem perceber as ideias de redução populacional.

Apesar disso, a expressão “planejamento familiar” tem sido utilizada até mesmo por católicos, por falta de reflexão acerca dos riscos e da origem dessa ideia.

A noção de que o termo seja contrário ao amor conjugal na perspectiva católica já foi abordado por André Parreira, no artigo citado.Assim, o presente artigo vem no sentido de trazer mais reflexões  sobre essa temática.

Podemos lembrar que, sim, existe o recurso do espaçamento das gestações por meio dos métodos naturais para quando o casal tem um motivo justo para espaçar os filhos. Mas como era bem evidente no subtítulo da Encíclica em Latim, trata-se de falar mais de propagação da prole retamente ordenada ou transmissão da vida, do que de introduzir uma  noção secularizada de planejar a família.

É nesse sentido que a Paternidade Responsável é exercita e o Papa Paulo VI, hoje, São Paulo VI, explica muito bem isso na Encíclica Humanae Vitae.

O amor conjugal deve refletir a união de Cristo com sua Igreja. E essa união é fecunda. A fecundidade matrimonial é fruto de uma entrega que deve ser livre, total, fiel e fecunda. Isso não é o que poderíamos chamar de um planejamento.

Os motivos justos devem ser discernidos por cada casal, com vida espiritual e sincero exame. Se necessário, com auxílio de sacerdote para direção espiritual.

Planejamento Familiar, por outro lado, é um termo adorado por defensores do aborto

Uma das prova de que não deveríamos usar esse termo pode ser vista na revista científica que mais publica artigos em defesa do aborto e contracepção, que se chama Family Planning Perspectiva – traduzindo: Perspectivas em Planejamento Familiar.

Todo o discurso em defesa do aborto vem do uso da ideia de “gravidez não planejada”.

Veja como a ideia de planejar a família tem dono!

No imaginário de muitas pessoas, a noção de planejamento familiar não comunica uma ideia muito distinta da visão secularizada de família.

Assim, para a Igreja transmitir bem o ensinamento do magistério, parece que não há justificativas para dar preferência ao termo planejamento familiar. Muito pelo contrário. Existem muitas razões para que esse termo seja preterido e evitado.

No site da ONU/Fundo Populações, que é um projeto criado em parceria com o Conselho Populacional, eles mesmos definem o termo Planejamento Familiar.

Veja o que eles dizem desse termo!

“O planejamento familiar é a informação, os meios e os métodos que permitem que os indivíduos decidam se e quando ter filhos. Isso inclui uma ampla gama de contraceptivos – incluindo pílulas, implantes, dispositivos intrauterinos, procedimentos cirúrgicos que limitam a fertilidade e métodos de barreira, como preservativos – bem como métodos não invasivos, como o método do calendário e a abstinência. O planejamento familiar também inclui informações sobre como engravidar quando for desejável, bem como o tratamento da infertilidade.”

Veja quantos elementos estão incluídos neste termo, hoje na sociedade, e que são totalmente contrários ao que a Igreja ensina.

Nessa mesma linha, a OMS, na internet, diz que:

“planejamento familiar e o atendimento abrangente ao aborto são parte da assistência primária à saúde”

Em alguns documentos, fala-se que o aborto não estaria incluído entre o roll do planejamento familiar, em outros, isso já fica mais confuso. Mas com ou sem o aborto, isso é indiferente para os católicos.

Afinal, é amplamente aceito no conceito de Planejamento Familiar o uso de DIU, contraceptivos, esterilização como laqueadura e vasectomia, bem como, pílula do dia seguinte.

Quem diz isso são as grandes entidades seculares internacionais, que muito bem disseminam a toda a sociedade o conceito, o significado e tudo que esse termo pode representar de “soluções” e “serviços”.

Carga cultural e semântica
Além disso, o termo traz uma carga de significado cultural e uma semântica de controle. Como já dissemos, não se alinha ao ensinamento da igreja.

Propagação da Prole Retamente Ordenada
Não estamos aqui para criticar quem tenha usado o termo planejamento familiar, pois muitas vezes, apenas repetiu um termo  sem ter refletido mais profundamente sobre isso.

A grande questão agora é ajustar nosso vocabulário, para facilitar a compreensão por parte das pessoas sobre o ensinamento da Igreja no tema da transmissão da vida humana.

E como é belo que nós, casados, compreendamos e vivamos esse chamado.

Assim diz a encíclica Humanae Vitae, no seu subtítulo na versão em Latim: propagatione humanae prolis recte ordinanda (Propagação da Prole Retamente Ordenada)

Para saber mais sobre este tema recomendo dois livros fundamentais:
– Paternidade responsável e Humanae Vitae
– Família, fora de moda?

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