Muitos compostos naturais presentes em alimentos são considerados potenciais agentes de inovação terapêutica (polifenóis, glicosinolatos, carotenóides, terpenóides etc). No entanto, as algas, apesar de já fazerem parte da alimentação humana há bastante tempo, só recentemente receberam maior atenção da academia e das indústrias como fonte de bioativos também, como é o da fucoxantina, por seu amplo espectro funcional biológico.
A fucoxantina é um pigmento carotenoide encontrado em algas Bacillariophyta (diatomáceas) e Phaeophyceae (pardas ou castanhas), como o kombu, wakame e hijiki. É responsável pela coloração marrom-olivácea dessas algas, compreende cerca de 12% da produção de carotenoides na natureza, um dos mais prevalentes (PENG et al., 2011). E desempenha um papel importante em sua fotossíntese, ajudando a capturar a luz solar para a produção de energia.
Além de sua função na fotossíntese, a fucoxantina tem recebido atenção devido a seus potenciais benefícios à saúde. Estudos sugerem que a fucoxantina pode ter propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e potencialmente auxiliar na perda de peso.
Sumário
- Introdução………………………………………………………. 4
- O que é a Fucoxantina?……………………………………. 6
- Benefícios da Fucoxantina………………………………… 9
- Fucoxantina como inovação terapêutica……………. 12
- Segurança no uso da Fucoxantina…………………… 14
- Disponibilidade………………………………………………. 17
- Métodos de Extração……………………………………… 21
Referências
O que é a Fucoxantina?
A primeira vez que a fucoxantina foi isolada foi em 1914, e foi extraído de três tipos de algas marrons (Dictyota, Laminaria e Fucus) na Alemanha (WILLSTÄTTER e PAGE, 1914).
Sua estrutura química (Figura 1) possui uma arquitetura molecular única devido a uma ligação alênica, 5,6-mono-epóxido e 9 ligações duplas conjugadas e um grupo acetila (ENGLERT, BJØRNLAND e LIAAEN‐JENSEN, 1990; YAN et al., 1999; SATOMI, 2017). A ligação alênica é um aspecto especial dessa molécula, pois não está presente em nenhum outro carotenoide das algas marrons (MIYASHITA et al., 2020; ASAI et al., 2004).
