O que é essencial na Catequese Matrimonial?

O que é essencial na Catequese Matrimonial

Considero que esta pergunta se refere à Etapa Próxima, que é o momento ainda conhecido como Encontros ou Cursos de Noivos (embora há décadas a Igreja oriente que não seja um curso e que não seja unicamente para os noivos). Assim, é com base nessa etapa que responderei.

Não posso negar que há certa “confusão” sobre esse tema. Para não entrarmos no campo das opiniões pessoais, devemos buscar as respostas no Magistério da Igreja. O recente documento Itinerários Catecumenais para a Vida Matrimonial (ICVM) define que esse momento deve ser feito com momentos de inclusão do casal na vida eclesial, na vida de oração, mas também de formação consistente. Como forma pessoal e didática para apresentar essas ideias, tenho dito que são dois momentos: o vivencial e o formativo.

Não são dois momentos separados, mas juntos, acontecendo ao mesmo tempo. O momento vivencial é a proposta da redescoberta (ou descoberta para muitos) e vivência da fé católica. Uma novidade desse documento é o destaque para que a catequese matrimonial – que muitos casais cumprem como uma imposição – seja o despertar da vida de oração e o sentimento de pertença e envolvimento eclesial. Os casais devem ser “gradualmente inseridos na oração cristã – individual, comunitária e de casal” (ICVM, 49).

Isso significa aproveitar o momento para criar situações que atraiam os casais para a Igreja. “Ajude os casais a aproximarem-se da vida eclesial e a participar nela. Com delicadeza e calor humano, pode-se convidá-los a participar em momentos de oração, na Eucaristia dominical, na confissão, em retiros, mas também em momentos de festa e convivência” (ICVM, 50).

Acredito que seja por isso que a Igreja orienta, neste recente documento, que a catequese matrimonial dure cerca de um ano, pois é necessário um tempo de convívio intenso com os casais. Não se acompanha, faz amigos e referência para os casais com encontros condensados em pouco tempo. Em paralelo, há os momentos formativos que, no Brasil, são conhecidos como Encontros de Preparação para a Vida Matrimonial, EPVM (conforme Doc 79 CNBB). Estes podem ser distribuídos durante este tempo e na quantidade necessária para se cumprir o mínimo de conteúdos propostos pela Igreja. Sim, a Igreja é clara em seus documentos sobre os conteúdos que precisam ser transmitidos.

Eu poderia citar diversos deles, mas apenas como exemplo, citarei dois. Começo citando o documento Preparação para o Sacramento do Matrimônio, do ano de 1996, do Pontifício Conselho da Família. No parágrafo 48, dentro da seção destinada à Preparação Próxima, está: “Os conteúdos, sem esquecer aspectos vários da psicologia, da medicina e de outras ciências humanas, devem ser centrados sobre a doutrina natural e cristã do matrimônio”.

O que é essencial na Catequese Matrimonial

Também o documento Itinerários Catecumenais para a Vida Matrimonial aponta os temas a serem trabalhados com os casais:

• Revisitar os sacramentos da iniciação cristã – Batismo, Confirmação e Eucaristia – e o sacramento da Reconciliação (ICVM, 49);

• O ponto de referência para o casal serão as Sagradas Escrituras, principalmente o Gênesis, os Profetas e o Cântico dos Cânticos (ICVM, 49);

• Preparação para a missão específica dos esposos (ICVM, 49);

• Tudo o que está ligado à relação do casal e às dinâmicas interpessoais (ICVM, 52);

• Reflexão sobre os bens próprios do matrimônio (ICVM, 51);

• As dinâmicas humanas da sexualidade conjugal, a concepção correta de paternidade-maternidade responsável, a educação dos filhos (ICVM, 52).

Sobre este último ponto, é comum encontrarmos uma relativização de sua necessidade e também a tentação de deixá-lo para ser abordado depois, no acompanhamento dos casais. Para superar esses pensamentos, o dicastério utiliza palavras que não deixam dúvidas:

Devem ser devidamente explorados: a dinâmica humana da sexualidade conjugal, a concepção correta da paternidade-maternidade responsável, a educação dos filhos” (ICVM, 52)

Note o verbo utilizado. Não é uma sugestão, mas um dever. Além desse dever, para evitar possível relativização da questão da paternidade-maternidade responsável, é adicionado o adjetivo “correta”. Portanto, a catequese matrimonial precisa abordar esses temas com atenção para que não dissemine concepções erradas sobre questões tão importantes.

Para colaborar com esta parte formativa, temos publicado com a Pius Edições dois livros.

O primeiro é um livro para que as equipes paroquiais possam estruturar os encontros: o livro “Os Encontros de Preparação para a Vida Matrimonial da Dinâmica Paroquial“, que foi citado pela Santa Sé (Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida).

O segundo livro é Matrimônio: Encontros de Preparação, com os encontros prontos para serem utilizados no formato de leitura e partilha.

Seus capítulos atendem a todos os conteúdos indicados pelo novo documento do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida. Mesmo os temas mais delicados são tratados de forma clara e simples para serem trabalhados pelos casais das equipes de preparação sem a necessidade de especialistas.

E para aprender mais sobre a etapa próxima, oferecemos o curso sobre o Catecumenato Matrimonial, produzido pela Pius Edições com o apoio da seção brasileira do Pontifício Instituto João Paulo II. Abaixo está a página do curso, e duas de suas aulas – especialmente aquelas sobre a etapa próxima – estão abertas e disponíveis nos links:

Aula 06 – Curso Catecumenato Matrimonial – aula aberta:

 

Aula 07 – Curso Catecumenato Matrimonial – aula aberta:

 

E para conhecer e aprender mais sobre catequese matrimonial, inscreva-se no curso on-line Catecumenato Matrimonial. Basta acessar o link a seguir e fazer sua inscrição: https://www.pius.com.br/curso-catecumenato-matrimonial/

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