Como deve ser o registro paroquial de um casal que participou da catequese matrimonial?

Esta pergunta me faz lembrar de uma situação delicada que um casal passou em sua paróquia. Cerca de um ano após a conclusão da catequese matrimonial, quando foram dar entrada na documentação para o casamento em outra paróquia, perceberam que haviam perdido o certificado de participação. Imediatamente, recorreram à paróquia com o objetivo de pedir uma segunda via, e a resposta foi surpreendente: não mantemos cópias dos certificados, pois eles são temporários.
 
A paróquia argumentou que não fazia sentido ter esse trabalho de manter arquivos, pois a maioria dos casais já levava o certificado para dar entrada no casamento logo após a conclusão dos encontros. E, além disso, dizia que a validade dos encontros era de dois anos.
 
Posso apontar três equívocos nesta situação. O primeiro deles é realizar os encontros depois de ter o casamento marcado, enquanto deveriam ser a base do discernimento para o casal noivar e então marcar o casamento.
 
O segundo é pensar em um prazo de validade para o certificado, pois uma vez que a recomendação é que os casais participem da catequese antes mesmo do noivado, não faz sentido colocar um prazo para se casarem.
 
E há também o equívoco de não se manter registros paroquiais, pois se não há data de validade, os casais podem necessitar da segunda via dos certificados muitos anos após a participação.
 
A dica é tratar o registro da mesma forma que se registram os batizados na paróquia. Basta um livro ou um sistema para catalogar os nomes e demais dados pessoais dos casais. Mas, no caso da catequese matrimonial, minha orientação é que seja um registro de casal e não de um indivíduo. Isto é, não é o certificado de José e outro de Maria, mas um único certificado para José e Maria. Deve ser assim porque a catequese matrimonial é um discernimento de casal e não individual, onde eles estudam, realizam atividades, rezam e conversam bastante sobre a vocação ao matrimônio. Se, no futuro, este relacionamento for rompido e um deles (ou ambos) iniciarem outro relacionamento, a catequese matrimonial precisa ser refeita para este novo casal.
 
Manter em dia os registros da catequese matrimonial é algo simples e que respeita o ritmo dos casais. Além disso,  há o benefício de ser uma das fontes de informação em um eventual processo de nulidade matrimonial no futuro, principalmente se o registro for mais completo, citando o material que foi utilizado, a metodologia, a duração e o nome do(s) catequista(agente)  que acompanhou o casal durante a catequese.

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