As questões mais frequentes sobre a Catequese Matrimonial

As questões mais frequentes sobre a Catequese Matrimonial

Em 2023 completamos 10 anos de missão pela divulgação da Catequese Matrimonial e formação de catequistas. Reunimos as questões mais frequentes que nos foram apresentadas neste tempo e as comentamos de forma ultra resumida a seguir. Nossos comentários têm por base os documentos do Magistério da Igreja, conforme apresentamos em nossos escritos e palestras.

  1. A Igreja orienta, há décadas, uma preparação gradual para o matrimônio, enfatizando a forma de catequese. A catequese matrimonial, que ainda é conhecida como “cursos” e encontros de noivos, faz parte da Preparação Próxima (e não da Preparação Imediata).

  2. No Brasil, a ideia de um catecumenato para o matrimônio existe desde 1978, no documento 12 da CNBB. Nas últimas décadas vieram vários documentos*, principalmente do Magistério. Recentemente o Papa Francisco tem insistido nisso e criticando a formação reduzida em poucos encontros.

  3. Não se destina apenas a casais noivos com casamento marcado, mas também aos casais com namoros maduros e aqueles que coabitam, que formam  o grupo definido como “candidatos ao matrimônio”. Casais de namorados mais jovens ou namoros menos maduros requerem acompanhamento e formação em um momento anterior à Etapa Próxima denominado Fase de Acolhida.

  4. Existem temas definidos pela Igreja como obrigatórios, baseados na doutrina  católica. Deve-se começar pelo amor em seu pleno significado, a vocação ao matrimônio, os sacramentos e as condições para se casar. Mas também são temas obrigatórios a sexualidade, concepção de paternidade e maternidade responsável e o dever da educação dos filhos.

  5. Não se trata de palestras ou aulas com especialistas, mas de reflexões e, preferencialmente, em pequenos grupos. Um material simples e seguro permite que os casais (e também viúvos) possam colaborar como catequistas a partir da leitura e momentos de partilha.

  6. É importante que haja, na diocese, especialistas nos temas da catequese matrimonial, para os quais podem ser encaminhadas dúvidas e situações específicas. Eles também podem ser formadores em encontros de aprofundamento, mas o cotidiano da catequese não pode depender deles.

  7. É importante que todos  os encontros (ou a maior parte deles) aconteçam sempre com o mesmo grupo  (casais e seus catequistas),  para que haja confiança e aconteçam verdadeiras partilhas e acompanhamento.  Não se constitui apenas momentos formativos, mas também um acompanhamento para integrar o casal à vida eclesial. Os catequistas devem atrair seus casais para momentos de oração, missas, retiros e momentos de convívio e celebração.

  8. A Igreja recomenda que a Etapa Próxima (formação + acompanhamento) tenha uma duração aproximada de um ano. Os encontros formativos podem se concentrar em alguns meses e no restante do tempo  acontecer o acompanhamento e atração dos casais para a vida eclesial.

  9. Pressões familiar e comunitária dificultam o discernimento e elevam o risco de nulidade matrimonial. Reuniões com familiares dos casais e apresentações públicas na qualidade de “noivos” já decididos e na reta final para o casamento podem constituir uma forma de pressão. Portanto, devem ser evitadas antes do término da catequese, pois ela pode levar ao discernimento de não  se prosseguir para o casamento.

  10. O ritmo normal é que o noivado e a marcação do casamento aconteçam após a catequese matrimonial, como resultado do discernimento. Mas não se deve estipular um prazo ou uma validade, o passo para o noivado e para o casamento pode vir em meses ou anos após o término da catequese.

  11. Casais que coabitam há muitos anos também precisam passar pela catequese como parte do discernimento. Há casais que, após coabitar mais de uma década, perceberam durante catequese matrimonial que não são vocacionados ao matrimônio com a pessoa com quem vivem. Se tivessem simplesmente participado de “curso relâmpago” de fim de semana, poderiam ter se casado e estariam em um casamento nulo. Casamentos comunitários ou coletivos existem para facilitar “o casamento”, mas não retiram a necessidade de preparação.

  12. Não deve haver diferença de temas e número de reuniões entre casais que coabitam e aqueles que não coabitam. Todos os casais que desejam o matrimônio precisam refletir sobre os mesmos temas, embora a abordagem possa variar e ser adequada à realidade de cada um.

* Afirmações a partir dos documentos Preparação para o Sacramento do Matrimônio (Pontifício Conselho para a Família), Exortação Apostólica Amoris Laetitia (Papa Francisco) e Itinerários Catecumenais para a Vida Matrimonial (Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida).

Temos um vídeo de 10min que explica todas as etapas da preparação para o matrimônio a partir do mais recente documento do Dicastério para o Leigos, a Família e Vida.

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